quinta-feira, 12 de abril de 2012

Querido tio da previsão do tempo

Gente, estamos em abril e pelamordedeus quantos meses de verão por ano temos nessa cidade-sertão-do-norte-do-paraná? 11 meses e 27 dias. Aí 3 dias são de inverno, mas eles devem acontecer somente quando meu bebê nascer, q é pra ter q encher o coitadinho de casacos e mantas.
Enquanto isso, as lavas correm pelas ruas e escorrem pelas calhas!
Banho? 5X/dia.
Roupa? Difícil aguentar.
Lingerie? Te odeio!
Pé esquerdo? Vc tem dedos?

Aí todos os dias, todas as horas (e quase todos os minutos) checo a previsão do tempo. Mínima: 18. Máxima: 29.
Meu, quando é q fez 18? Não adianta falar q era enquanto eu dormia pq eu acordo 5 vezes pra fazer xixi e tmb passei calor. Vou te falar: a mínima é 29. A máxima, acho que os termômetros não são capazes de registrar ou ficam com vergonha.

E chuva então? Todos os dias chove no meu iPhone. Só nele. Começo a desconfiar que a “Maringá” q ele aponta é outra. Em um lugar fresco, chuvoso onde existe vida.
Tio da previsão do tempo, não sei se alguém já te falou mas você precisa repensar sua profissão. Some daqui, e não volte nunca mais!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A eterna fuga da balança

É só comer um pouco a mais que ela aparece... perseguidora incessante que está em todo lugar, do tipo deus-onipresente. A balança, também conhecida como peso na consciência, cramunhão, pior invenção do homem.
Sua presença é inversamente proporcional ao sabor do que é consumido.
E é assim, quanto mais verde, vivo e ruim o que vc comer, menos ela te persegue. Quanto mais doce e frito, mais ela domina o pedaço.
Meu sonho é subir em uma balança e perceber q ela está quebrada... subir em outra e... quebrada. Subir em todas do mundo e... NADA. Fim, não existem mais balanças. É o começo de uma nova era: a era do comer e ser feliz. E ninguém, nenhum japa vai querer inventar um novobeuzebu substituto.
A paz reinará na terra, no mesmo dia que nasce o ódio pelo espelho-revelador-das-gorduras-localizadas. Quem colocou isso aqui? É um sonho? Putz, só se for grande, frito e recheado de goiabada.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Oração do paciente

Deus dai-me paciência para agüentar papos chatos. Força para suportar barulhos que atormentam, pessoas que não se tocam, conversas repetitivas, vozes insuportáveis. Perdão por invejar quem não ta nem aí pra nada disso. Obrigada por eu saber que é errado querer matar pessoas ou socar a cabeça delas toda vez que esquecem de colocar o celular no silencioso.
Peço que não me castigue com a surdez, o sofrimento de passar por tudo isso já é praticamente estar no purgatório.
Livra-me de tudo isso e, se forem os hormônios, que passe logo. Amém.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Vontade de ser avestruz

... quando vc cumprimenta alguém e o aperto de mão é molhado e mole

E quando tem algo crocante inesperado no que você acabou de colocar na boca e tem gente assistindo você mastigar.
E quando sua memória não lembra do ser que se dirige a você, sorrindo e dando início a um abraço caloroso “oi {seu nome no diminutivo} como estão as coisas lá?”.
E quando a etiqueta da camisa pólo do cara da frente está mostrando a língua pra você.
E quando a barra da saia da moça que saiu do banheiro está presa na calcinha.
E quando você ouve a moça ao lado que não está grávida tendo que responder para um ser legalzão que perguntou “pra quando é o bebê”.
E quando seu olhar cruza com o do motorista do carro ao lado e que está tocando um funk no último que diz “mete a B*&^#@ no meu C#@!$&*”
E quando alguém com quem você conversa e tem pouca intimidade possui um alface no dente sorrindo para você.
E quando uma mãe bate sem dó numa criança na sua frente.
E quando uma criança bate sem dó numa mãe na sua frente.
E quando uma pessoa super gorda de empanturra de coisas gordurosas e doces.
E quando um cheiro suspeito irrompe o ar e só tem uma pessoa do seu lado (e vc sabe que não foi vc).
E quando seu e-mail maldoso é enviado, quase que por ato falho, à pessoa que é o SUJEITO FOCO da fofoca.
E quando... post infinito (morro mas não vejo tudo).

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Desilusão de ótica

Hj estou usando uma blusa listrada do tipo “ilusão de ótica”. To até tonta. Ao digitar no computador, minha visão periférica capta as listras e dá uma vertigem do tipo “calor no asfalto latejado em preto e branco”. E essa “pira cerebral" me fez lembrar uma de minhas filosofias: sobre dor.
Desconsiderando os episódios quando eu machuco meu corpo e o ferimento é visível (como um corte no dedo, um raspado no joelho ou uma mancha roxa na perna), há algumas dores que eu sempre coloco em dúvida. Hei, vc é real?
Dores internas, pontadas, fisgadas em possíveis órgãos (que eu nem sei direito onde ficam dentro de mim).
Sua pontada estranha, será q vc existe ou é criação da minha cabeça? E ela vem, e vai. Às vezes nem volta. Como veio, passa.
E eu fico com a impressão (falsa ou verdadeira?) de que fui capaz de controlar, de que não era real, de que, como muitas outras coisas, é mais um fruto passado da minha fértil imaginação.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Toca ae, rapeizi!



Percorrendo os caminhos dessa vida, vez ou outra me vejo apreciando as aberrações que me cercam. E me divirto, quando não me indigno!
Em alguns momentos até compartilho meus pensamentos com seres da minha espécie, conhecidos tmb como amigos!

Costumo dizer “Esse aí poderia ser figurante do MIB” (MIB=Filme Men in Black) ou “Nossa, de que disco voador ele caiu?” ou em casos extremos “Acho que esse faz fotossíntese”.

Pessoas estranhas esteticamente, pessoas que pensam coisas muito diferentes, pessoas com atitudes esdrúxulas, pessoas... diferentes de mim.
Algumas vezes (nem sempre), caio na real e chego à conclusão de que o ET nessa história toda SOU EU.
ET... phone... home... (com olhinhos brilhando)
E continuo esperando o dia em que farei parte de um mundo ao qual realmente me sentirem em casa! Amém!