quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Eu sei mas não devia

Tá aí uma um monte de palavra que, juntas e redistribuídas, refletem o q fui boa parte da minha vida. "Eu sei que não devia mas mesmo assim faço!" Hoje não, graças às pessoas certas que escolhi para estarem ao meu lado e a Deus.

Esse é um texto que faz parte da minha vida desde a infância (né Gi?). Uma professora de português do ginásio (essa palavra ainda existe?) levou para a aula de interpretação de texto. E marcou!

Sempre que pensava nele pensava nele sendo dividido com pessoas importantes para mim. E que seja aqui e agora!

"
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
...
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma."

Aqui está somente parte desse texto lindo da Marina Colasanti. Vale a pena ler na íntegra: http://www.releituras.com/mcolasanti_eusei.asp

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